sábado, 19 de dezembro de 2009

Um Anjo...









Um anjo se fez no furor dos dias, 
a Vida chamá-lo em confissão.

E quedou nas terras vestido de parda oração, 
o Amor lhe ser arrimo de sagração.
Por muitas Eras sonhou o anjo seus negros cabelos, 
ser éter de salvação!
O anjo não voava pois a verdade não é feita de asas!
O anjo só lacrimejava a alegria do seu orar, 
ser o destino a lhe louvar.
E foi-se a andar pelos chãos seu terço derramar.
A vida e Morte o acompanhavam 
visto serem elas, a fusão do perpétuo criar!
Dia feito a lua caiu em seus cabelos de parda ternura! 
E a prata brilhou dos seus dedos de alvura!
Dia feito o sol encheu seus pés de chama e 
ele flutuou pelo seu coração afundado em brandura!
Mas não era dia nem tarde; 
apenas uma noite de tempestade!
E diz o inverno daquele dia, 
que na hora sétima do crepúsculo, 
o anjo sua oração terminou em jura, 
as terras terem se regado de brancura!





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